Adoniran
(É, eu tou falador hoje. Tem pobrema?)
A biografia. Recentemente, eu comecei a ler a biografia de João Rubinato, mais conhecido pela alcunha de Adoniran Barbosa. Biografia mais do que bem escrita, com um trabalho de pesquisa de dar gosto. Por exemplo, é possível conhecer muito do início da radiodifusão de Sampa, alguns fatos interessantes sobre o estúdio Vera Cruz, início da TV, carnavais de outras épocas.
E como se não bastasse, há várias transcrições de trechos de programas de rádio da época, com diálogos/monólogos imperdíveis. Mesmo.
E dá pra saber, inclusive, que o “tal” Adoniran, além de fazer os manjados sambinhas, também atuou em O Cangaceiro (1953, Lima Barreto) e outra dezena de filmes, além de participar de vários programas de TV, bater recordes de vendagem de discos, e por aí vai. E isso bem antes do “felomenal”, Escolinhas de Professores Decadentes, e outras zorras. É meio que uma saudade do que eu não vivi, sabem?
Pra quem quiser procurar, anote aí: Adoniran: uma biografia; Celso de Campos Jr, Editora Grobo. 2004, 606 (!!!) páginas, I.S.B.N.: 8525037362.
“- Puxa vida, Noé…
– Puxa vida, Pernafina…
– Sabe didonde eu venho agora? Do Ispitar Aberto o Primo! Porque a minha mulher foi sobremetida a uma interjeição siderúrgica!
– Que tinha ela?… Vae taquis? A penninziata separada?
– Nó? Tinha os cárculo bilhar em cima do figo! Sufria ela de insoficiência intipática!”
(diálogo entre dois taxistas, interpretados por José “Noé” Rubens e Adoniran “Pernafina”)
“Poteitinhas quando nasce
Pela chon se esparama
Criancinha quando slipi
Precisa forrar o sua cama”
(no papel de William Shakespeare, na escola primária)